sábado, 19 de junho de 2010

Consulta à população vai redefinir políticas da doação de sangue

Desde 02 de junho de 2010, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde, está realizando uma consulta pública para revisar os critérios sanitários relacionados aos serviços de hemoterapia. Paralelamente, a CGSH discute uma proposta de portaria para regulamentar os procedimentos hemoterápicos. A consulta encontra-se no site Ministério da Saúde.

A população terá direito de opinar e dar sugestões sobre as novas regras. Após a etapa de consulta, que vai até o dia 02 de agosto, a ANVISA fará uma avaliação técnica a respeito dos resultados. Por fim, a resolução será publicada e posta em vigor.

Entre os procedimentos que podem receber alterações, está a faixa etária permitida para os doadores de sangue. Atualmente, pessoas entre 18 e 65 anos podem doar. Se a nova resolução for aceita, a idade mínima permitida será 16 anos e a máxima será 68 anos.

“Em escolas que o Hemopi visita, muitos adolescentes expressam o desejo de doar sangue”, comenta Hortênsia Rocha, assistente social do Hemopi (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Piauí). Além de aumentar o número de doadores, ela acredita que essa medida vai contribuir para a campanha de fidelização do doador, para que o sangue coletado seja sempre seguro e de qualidade.
 
O perfil dos doadores vem mudando com o tempo, segundo Hortênsia Rocha

Segundo Rocha, o perfil de doadores do Hemopi vem mudando. “Antigamente, os doadores eram pessoas menos abastadas: empregados da construção civil, empregadas domésticas”. Ela afirma que, com o trabalho de divulgação e a parceria do hemocentro com faculdades, escolas e outros órgãos, outras classes sociais estão sendo atingidas.

Ao ver uma campanha na televisão, Odernes Silva, 60 anos, sentiu a vontade de doar. Hoje, já é doador fiel. “Na época estavam precisando do meu tipo de sangue, “O positivo”, então eu vim aqui e doei. A partir daí, eu venho sempre que posso, porque, a meu ver, doar sangue é doar vida”, afirma. 
 
Odernes Silva doa sangue sempre que pode

Assim como ele, Rogério Rodrigues, 28 anos, também se motivou através de campanhas na televisão. Nem a distância o impede de manifestar sua solidariedade. Ele é natural de Luzilândia, norte do Piauí, e ele vem ao Hemopi a cada três meses. São 260 km de distância de Teresina. “A minha cidade é pequena, não tem estrutura e o Hemopi vai de ano em ano. Por isso venho doar aqui”, diz Rogério.
 
 Rogério Rodrigues não deixa que a barreira geográfica o impeça de doar


Reportagem: Cássia Sousa e Ludmila Barbosa
Fotos: Ludmila Barbosa
Edição: Tamires Coelho

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